sábado, 26 de abril de 2008

Cristo


quarta-feira, 23 de abril de 2008

DIA MUNDIAL DO LIVRO


O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge.
Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Saint Jordi) e recebem em troca, UM LIVRO.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.
Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Edifício do Povo, Shanghai

Edifício do Povo, Shanghai

25 de Abril - para não esquecer

Inclusão social através da arte - Brasil


Desenvolver a arte por meio de trabalhos artísticos, da música e da dança, entre outras técnicas artísticas, é o que realizam duas instituições de ensino do Município com crianças, jovens e adultos portadores de comprometimento neurológico e visual. O objetivo do trabalho realizado pela Escola Municipal de Educação Especial Maria Lúcia Luzzardi e pela Escola Especial José Álvares de Azevedo é construir uma sociedade "democrática e inclusiva, onde todos tenham seu lugar". Esses trabalhos têm o intuito de desenvolver a motivação pessoal pela arte-educação.Na escola Maria Lúcia Luzzardi, as pedagogas Julaine Machado e Patricia Machado comentam que o maior objetivo é orientar e estimular o aprendizado dos alunos. Para elas, esse crescimento em relação à socialização é notório, como pessoa e cidadão. "Através da arte, eles conseguem essa integração com a escola e com a sociedade. Observamos essa evolução, pois existem alunos nossos que estudam, também, na Escola de Belas Artes Heitor de Lemos, o que valoriza o aluno e a família", destacou Julaine.A proposta de trabalho, desenvolvido há 19 anos pelas professoras Magali Olioni e Maria Helena Castro, está sempre sendo reformulada e adaptada para cada situação e para cada aluno, respeitando a maneira de ser do indivíduo. Há seis anos na Escola Maria Lucia Luzzardi, elas estão adaptando o trabalho com a educação especial, a partir da filosofia de Félix Guattari, que tem como foco as três ecologias: a do meio ambiente, a das relações sociais e a da subjetividade humana, com o intuito de integrar a arte aos valores humanos, à literatura infantil e à educação ambiental. “Acredita-se que através da arte o indivíduo pode tomar consciência do seu ser e de tudo que o rodeia sentindo-se parte do todo. No ato de criação procura-se o desenvolvimento total do aluno: intelectual, emocional, social, perceptivo, físico, estético e criador”, destacou Magali Olioni.Os valores humanos estão presentes todo o tempo nas aulas, através do respeito, do carinho, da amorosidade e principalmente da valorização do trabalho dos alunos, resgatando a auto-estima deles. “Importante é sempre fazer com que as aulas sejam alegres e prazerosas. Criando um ambiente onde os pensamentos ou a imaginação possam fluir livremente, desenvolvendo pessoas criativas e fortes. Somente um ensino criador que integre a razão, a instituição, a sensação e a emoção permite o desenvolvimento holístico do ser humano”, salientou.Oficinas de pintura em tela, cerâmica, desenhos, expressão corporal, entre vários outros, são alguns dos trabalhos desenvolvidos na instituição de ensino. Na silhueta dos alunos, eles são contornados em cima do papelão, para posteriormente ser feito recorte de revistas e jornais dos olhos, da boca, das orelhas, criando assim um personagem que varia de aluno para aluno. "Em cima do desenho, eles conseguem fazer formas. “Alguns começaram a alfabetização depois que iniciaram os trabalhos artísticos", afirmou Magali. "Em cada aula é feito um trabalho, além do exercício de respiração, que ajuda a acalmá-los, onde eles se observam no espelho, fazendo massagem no rosto, imersos num trabalho minucioso, que requer calma. No trabalho de auto-retrato, eles se observam no espelho e se desenham. Outros imprimem seu retrato no computador e depois fazem esse trabalho", disse. Na Escola Especial José Alvares de Azevedo, a coordenadora da Instituição Fabiani Saad comentou sobre a barreira “arquitetônica” que existe com as crianças e adultos deficientes visuais. "O conceito de inclusão nos ensina não a tolerar, respeitar ou entender a deficiência, mas sim a legitimá-la, como condição inerente ao conjunto humanidade. Uma sociedade inclusiva é aquela capaz de contemplar sempre todas as condições humanas, encontrando meios para que cada cidadão, do mais privilegiado ao mais comprometido, exerça o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comum".Terapia, aulas de cerâmica e música - A professora de tapeçaria com retalhos, Carmen Carvalho, salienta que os alunos produzem tapetes, almofadas, além de atividades realizadas com sacolas plásticas, através do macramê com barbantes. "A sensibilidade é o que eles mais desenvolvem com esses exercícios, e isso é essencial para que eles prossigam no braile, além de servir como estímulo para eles. Os alunos sentem-se úteis", disse.A aluna Áurea Cácere, 63, sente-se muito feliz com as atividades que a instituição lhe propicia há sete anos. "Desde o ano passado, trabalho com a tapeçaria e adoro muito", explicou. Já Hélio da Costa, 72, disse que antes de perder a visão trabalhava como motorista em todo o território nacional, mas desde que foi fazer uma cirurgia a laser sua visão ficou debilitada, mas nem por isso ele perdeu o sorriso e a simpatia. Fazendo tranças nas sacolas plásticas, ele explicou: "Como não tenho uma outra opção venho para cá e me divirto". Os pequeninos também recebem aprendizados, através da arte.Em um mundo cheio de incertezas, o homem está sempre em busca de sua identidade e almeja se integrar à sociedade na qual está inserido. Há, no entanto, muitas barreiras para aqueles que são portadores de deficiência, em relação a este processo de inclusão, já que a nossa sociedade exclui os diferentes.O conceito de inclusão nos ensina não a tolerar, respeitar ou entender a deficiência, mas sim a legitimá-la, como condição inerente ao 'conjunto humanidade'.