sábado, 2 de agosto de 2008

Bienal de Cerveira: 30 anos a mostrar arte

Fonte: Jornal de Notícias

AGOSTINHO SANTOS
Por ocasião dos 30 anos da abertura da primeira Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, inaugura-se, hoje, uma mostra retrospectiva com obras dos artistas premiados durante as várias edições do certame.
As comemorações atingem o seu "ponto alto" com a abertura, no Fórum Cultural de Cerveira, de uma grande mostra com obras, entre outros, de Helena Almeida, Ângelo de Sousa, Pedro Cabrita Reis, José Rodrigues, Pedro Calapez, Artur Bual, Pascal Nordman e Zadock Bem-David.
Trata-se de uma exposição que engloba pintura, escultura, vídeo, fotografia, instalação, constituída por trabalhos que ao longo dos anos foram distinguidos.
Foi a 5 de Agosto de 1978 que, sob a direcção do pintor Jaime Isidoro, abriu a primeira edição da Bienal que contou com a participação de 143 artistas, nomeadamente Albuquerque Mendes, António Quadros, Cruzeiro Seixas, Eduardo Luís, Eduardo Viana, Fernando Lanhas, Henrique Silva, Manuel Cargaleiro, Nadir Afpnso, Paula Rego, Sara Afonso e Vieira da Silva. Nesta primeira edição, não foram atribuídos prémios, mas foram homenageados Sara Afonso e Almada Negreiros.
A segunda bienal realizou-se de 2 a 21 de Agosto de 1980, também dirigida por Jaime Isidoro, e integrou trabalhos de 296 artistas. Nas áreas da pintura, escultura e desenho foram premiados, respectivamente, Ângelo de Sousa, José Rodrigues e Mário Américo.
Em 1986 (V Bienal), Jaime Isidoro reparte a responsabilidade da organização com José Rodrigues e a mostra conta com 201 artistas, sendo homenageado Santa-Rita Pintor. Nesta edição, é criado um espaço dedicado aos primeiros artistas abstractos portugueses, Arlindo Rocha e Fernando Lanhas.
Na VIII Bienal, que teve lugar de 29 de Julho a 27 de Agosto de 1995, o pintor Henrique Silva assume a direcção, função que exerceu até 2007, passando agora a ser ocupada pelo pintor Augusto Canedo. Em 1995, o grande prémio foi conquistado por Gerardo Burmester. Ana Vidigal, Armanda Passos, Armando Alves, Augusto Canedo, Eduardo Nery, Mário Cesariny, Pedro Proença e Silvestre Pestana foram alguns dos artistas que integraram a exposição.
Domingues Alvarez foi o homenageado da IX Bienal (1997) para a qual concorreram 439 autores, tendo sido seleccionados 237 artistas. Os prémios foram distribuídos por Joana Rego (pintura), Nuno da Silva (escultura) e Umberto Castro (revelação).
O fundador da bienal, Jaime Isidoro, foi o artista homenageado na X edição que teve o escultor Carlos Barreira como o vencedor do grande prémio, enquanto Márcia Luças obteve o prémio revelação.
Na XI Bienal, o espanhol Xurxo Oro Claro conquistou o Grande Prémio e Luís de Melo (revelação). Foram a concurso 677 obras e seleccionadas 235, enquanto que Artur Bual foi o homenageado.
Em 2003, o tema da XII Bienal centrou-se em "O artista e a globalização" e estiveram 17 países representados. Silvestre Pestana obteve o grande prémio.
Eurico Gonçalves foi o distinguido com o maior galardão da XIII Bienal (2005) e António Bronze e António Cruz os homenageados.
Na mais recente bienal (XIV), cujo tema foi "As novas cruzadas", em 2007, o grego Zadok Ben-David obteve o grande prémio.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Primeiro computador portátil português


Fonte Publico: 31.07.2008 - 09h16 Ana Rita Faria
O Magalhães, o primeiro computador portátil feito em Portugal, quer entrar nos lares de cerca de 500 mil crianças do ensino básico, mas a ambição dos seus fabricantes vai mais além. O objectivo do consórcio JP Sá Couto e Prológica, que, em parceria com a norte-americana Intel, vai produzir os primeiros portáteis nacionais a partir de uma fábrica em Matosinhos, é exportar a tecnologia e os equipamentos para o mundo.Actualmente, o consórcio está já em negociações com três continentes - África, Europa e América Latina, afirmou ontem Luís Cabrita, responsável da Prológica, à margem da apresentação do projecto Magalhães em Lisboa. Segundo Luís Cabrita, "o primeiro computador português é um projecto competitivo nos três continentes", o que vai permitir realizar a intenção do consórcio: "globalizar a marca Magalhães", que retirou o seu nome do navegador português Fernão Magalhães.O Magalhães vai começar a ser produzido num espaço que pertence à actual fábrica da JP Sá Couto, em Matosinhos, estando prevista a construção de uma nova unidade de fabrico na mesma zona, adiantou o responsável pela empresa, João Paulo Sá Couto.De acordo com o responsável da fabricante portuguesa, "a capacidade de produção actual da fábrica é de 40 mil unidades por mês" mas, com a nova unidade, "a capacidade aumentará mediante as encomendas".Em Setembro, vão começar já a sair os primeiros computadores portáteis portugueses da fábrica de Matosinhos directamente para as mãos de alunos entre os seis e os 11 anos. Segundo anunciou ontem o primeiro-ministro, José Sócrates, na apresentação do Magalhães, cerca de 500 mil computadores vão ser distribuídos aos alunos do primeiro ciclo ao longo do próximo ano lectivo.A iniciativa surge no âmbito do novo programa e.escolinhas, uma réplica do e.escolas, que vai abranger as crianças que frequentam o primeiro ciclo do ensino básico. Segundo José Sócrates, o computador Magalhães vai ser gratuito para os alunos que estejam inscritos no primeiro escalão da acção social escolar e custará 20 euros para as crianças no segundo escalão. Para os que não estão abrangidos nesse sistema, o preço do Magalhães é 50 euros.O custo de produção de cada um dos 500 mil computadores é, contudo, bastante superior - 180 euros. Isto faz com que o projecto de Matosinhos tenha um custo inicial de produção superior a 80 milhões de euros, explicou ontem José Sócrates aos jornalistas, à margem da apresentação.Segundo o primeiro-ministro, a diferença entre o custo de produção e o preço final do computador "Magalhães" será suportada pelo Estado e pelas entidades privadas envolvidas no projecto. José Sócrates adiantou ainda que a parte dos custos que vai caber ao Governo dependerá do número de pais que optar pelos contratos de ligações à internet disponibilizados pelos operadores de banda larga a apoiar o projecto - Portugal Telecom, Vodafone, Zon e Sonaecom.Segundo o primeiro-ministro, o computador vai ter, "numa fase inicial, em Setembro, 30 por cento de incorporação nacional, mas o objectivo é que, no final deste ano, esteja já nos 100 por cento, exceptuando o processador da Intel".Para além disso, o projecto Magalhães quer ir mais longe e estender-se para fora do país. "Queremos replicar o Magalhães e o programa e.escolinhas noutros países", afirmou José Sócrates. Segundo o primeiro-ministro, existem já "contactos com vários países, quer para vender o computador, quer o programa".

Educação terá investimento

Fonte: 30.07.2008 - 15h19 Lusa
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Governo irá fazer um investimento de 400 milhões de euros na área da Educação nos próximos sete meses, nomeadamente na instalação de Internet em todas as salas de aulas.

"São 400 milhões de euros que vamos investir nas escola portuguesa", afirmou José Sócrates, durante a cerimónia de apresentação do "Computador Magalhães", o primeiro computador portátil com acesso à Internet que será fabricado em Portugal.

Um dos projectos, adiantou, visa a instalação de Internet em todas as salas de aula. Além disso, irá ser aumentada a velocidade da banda larga nas escolas para um mínimo de 48 megabites por segundo.

O Governo pretende também, segundo o primeiro-ministro, instalar uma rede de vídeo-vigilância nas escolas para aumentar a segurança e pretende criar um novo cartão estudante, "para acabar com o dinheiro nas escolas". "O maior investimento nos próximos sete meses será na Educação", salientou.