sábado, 22 de março de 2008

Vergonha

Indisciplina e violência nas escolas





Parece que estava a adivinhar quando escrevi e passei alguns vídeos de indisciplina e telemóveis nas escolas. Mas não era adivinhação é uma realidade que começa a crescer e não é pontual como alguns querem fazer querer. A culpa é de muitos: Sociedade em crise, Ministério, Professores, Alunos e Pais. Mas cabe aos últimos grande parte desta culpa (voltarei a este assunto com mais pormenor). Nas minhas aulas frequentemente os alunos pedem-me para atender o telemóvel por serem os pais a telefonar com os problemas inadiáveis. Estes pais não sabem que os alunos estão em aula? Não têm os seus horários????





Sugestão de leitura

RAP -Robotic Action Painter

quinta-feira, 20 de março de 2008

Arte e Revolução

Encontrei este artigo muito interessante e quero partilha-lo convosco. Podem lê-lo na integra aqui

Leon Trotsky, 17 de junho de 1938


“Na realidade, os intelectuais "de esquerda" mudaram de senhor. Ganharam muito com isso?”, com tal indagação Trotsky comentava os artistas que apoiavam incondicionalmente a burocracia dirigida por Stálin, suas falsificações e mentiras. Hoje, com o completo desaparecimento do stalinismo, muitos artistas e jovens intelectuais “de esquerda” não têm mais aquele senhor, mas se submetem à condição de servos da cultura burguesa decandente, outros tantos proclamam serem senhores de si, e alguns, por outro lado, empenham-se em superar as contradições de nosso tempo. Exatamente para refletirmos sobre a superação desse estado de uma arte vinculada a idealizações pequeno-burguesas de liberdade ou diretamente entregue ao movimento bárbaro do mercado, publicamos o texto a seguir de Trotsky escrito à época da fundação da IV Internacional.

Cegos terão obras de arte feitas para eles (Brasil)


A exposição do grupo Artes Táteis vai marcar presença no Capital Fashion Week, em parceria com a Associação Brasiliense de Deficientes Visuais e a Secretaria de Cultura do DF. Ao todo, são 30 esculturas que ficarão expostas na área dos lounges do CFW, no Foyer do Teatro Nacional, entre os dias 27 e 29 deste mês. A mostra é desenvolvida por deficientes visuais e promete inovar, já que consiste em incentivar o público a “ver” as peças por meio do toque. Segundo o presidente da ABDV, César Achkar, a proposta é fazer com que os visitantes apreciem e ampliem a percepção da obra de arte para além da visão. Os autores são cinco deficientes visuais, César Achkar, Flávio Luiz, José Ferreira, Márcio Murakami e Paulo Sérgio.

Robôt português artista?


Robô português mostra primeiras obras de arte realizadas em Nova Iorque

Desde Fevereiro de 2007, que o robô RAP (Robotic Action Painter) gera composições originais, decide por si próprio quando o desenho está pronto e assina no canto inferior direito como qualquer artista humano. A performance deste robô artista tem tido lugar no Museu de História Natural de Nova Iorque, exposto na sala dedicada à evolução da humanidade , dentro de uma vitrina, em permanente actividade criativa. Os primeiros 12 desenhos deste artista robótico poderão ser vistos em Portugal, na Galeria LEONEL MOURA Arte, em Abril. De acordo com o seu criador, o artista plástico Leonel Moura, “os desenhos são abstractos e muito elementares”. “No essencial revelam uma ou mais concentrações de riscos e cores em determinadas áreas, enquanto o resto é deixado com pouca expressão pictórica”, revela o artista, acrescentando que os desenhos “fazem lembrar simples garatujas de crianças, mas também aglomerados urbanos ou galáxias”.“De qualquer modo, por muito primitiva que seja, esta criatividade é profundamente original, adianta Leonel Moura, em comunicado. Tal como sugeria Norbert Wiener, o pai da cibernética, se queremos permitir a emergência de uma criatividade das máquinas é preciso “retirar o factor humano do processo”. E RAP que se encontra a milhares de quilómetros de distância do seu criador, o qual não tem qualquer meio de o influenciar ou manipular, gera desenhos baseados na sua própria percepção do mundo.Ainda segundo Leonel Moura, “o processo criativo de RAP não é exclusivamente aleatório, ainda que este, à semelhança dos mecanismos biológicos, tenha um papel fundamental na produção de decisões”. “Há de facto, para além disso, a expressão de uma criatividade própria, através de processos descritos pelas teorias da complexidade, da auto-organização e da emergência”, continua o artista.Estamos assim perante uma das primeiras manifestações – assente numa base científica sólida – de uma criatividade produzida por uma entidade não-humana e não-natural. Estes desenhos são a expressão de uma nova revolução na arte, que abre o caminho a uma “criatividade artificial”, na sequência do que já hoje é plenamente aceite sob a designação de “inteligência artificial”.A inauguração da exposição dos primeiros 12 desenhos do RAP acontece na Galeria LEONEL MOURA Arte, dia 7 de Abril, às 21h00.Imagem: http://www.leonelmoura.com/rap.html
Leonel Moura é um dos grandes artistas deste cantinho Português. Agora não deve confundir termos que são exclusivos do Humano (Criatividade e percepção) e actividades que os robôts executam com um programa elaborado pelo artista (Humano), mesmo que esteja a quilómetros de distância. Veja-se o que fazem os satélites... arte é exclusiva do HUMANO. É isso , a ARTE o que nos diferencia dos outros seres! (José Vieira)
A resposta que Leonel Moura teve a gentileza de me enviar e que agradeço.
Obrigado pelo seu email.
É evidente que a definição de um conceito pode determinar os limites do mesmo. Quando diz que a arte é uma actividade exclusiva do humano, está tudo dito e implica que não se pode considerar arte a produção animal ou de máquinas. No entanto se há algo que caracteriza o pensamento moderno, e acima de tudo a própria arte, é precisamente a ampliação das fronteiras conceptuais. Basta recordar que, até há pouco, também a inteligência era uma qualidade exclusiva dos humanos. Mas hoje reconhece-se que existe uma inteligência animal e uma inteligência artificial. A minha proposta reside precisamente em que se considere agora a existência de uma criatividade artificial. Em muitos aspectos semelhante à nossa, mas noutros distinta já que fruto, no caso dos robots, de um corpo autónomo, com capacidade de percepção ambiental (sensores) e um tipo de "raciocínio" não linear.É aliás este o ponto menos compreendido nos meus projectos. O que não admira já que se trata de uma ciência muito recente. Isto é, o programa que eu introduzo nos robots não visa levá-los a realizar tarefas determinadas, mas antes proporcionar os meios para que possam decidir por si mesmos (neste sentido é o oposto dos satélites)e pode ser comparado aos genes que os nossos pais nos transmitem, mas onde não está nada por exemplo sobre que profissão vamos seguir na vida. Por outro lado, está claro que estamos ainda nos primórdios da inteligência, criatividade e consciência artificiais, mas precisamente por isso estes primeiros passos são tão fascinantes. Os desenhos que RAP fez em Nova Iorque são simples garatujas, mas onde se detecta claramente uma composição, uma estética, uma arte. Eu olho e vejo a caverna de Lascaux dos robots. Por fim só uma questão mais filosófica. Porque sente necessidade de se diferenciar dos outros seres? Eu pelo contrário sinto vontade de me considerar uma simples parte de um todo que é mais do que a soma das suas partes.
Cumprimentos
Leonel Moura

quarta-feira, 19 de março de 2008

Dia do Pai

Amigo Velho

É meu parceiro, companheiro meu amigo.
Aquele velho que ali está sentado
Contando caso e histórias da sua vida
Suas derrotas e vitórias do passado

Quase sem forças para caminhar sozinho
Estendo-lhe a mão, pois estarei sempre a seu lado.
Até o dia que esta vida nos separe
Amigo Velho, meu querido Pai Amado.

Por muitas vezes eu não tive paciência
Causando-lhe certamente grande dor
Não escutar e não seguir os seus conselhos
Que com certeza foram dados por amor

Peço perdão, mas a vida me ensinou.
Que conselho de Pai é por amor
A Tua dor, hoje eu estou sentindo.
Porque meus filhos, também não dão valor.


de Jorge Amado

Exposição de fotografia







Educação entregue a mais de cem mil "incapazes"?

Maria L. Travassos

2008-03-13 - Ao que parece, a educação dos nossos filhos está entregue a cerca de cem mil desinformados, a acreditar nas afirmações da ministra. E digo mais de cem mil porque, apesar de ter sido esse o número de professores contabilizados a participarem na "Marcha da Indignação", muitos foram os que, pelas mais diversas impossilidades, não estiveram presentes fisicamente em Lisboa, mas que acompanharam de alma e coração a luta dos seus colegas. Sendo verdade o que Maria de Lurdes Rodrigues afirma - que os professores se manifestam contra políticas educativas que não conhecem verdadeiramente - tem a ministra da Educação razão em considerar que a sua avaliação é extremamente importante, atrevendo-me a adiantar que, nesse caso, devem ser todos eles avaliados com insuficiente. Insuficiente, porque se todos estes professores não conhecem as políticas educativas, se não conhecem o Estatuto que lhes foi imposto por este governo, se não conhecem o processo da Avaliação de Desempenho, se são manipulados, não estão em condições de educar os jovens deste país. Como professora do Ensino Básico (no topo da carreira e, consequentemente, sem possibilidade de progredir mais) considero que quem não está em condições de continuar a dirigir este ministério é Maria de Lurdes Rodrigues, pois apesar de socióloga, não é capaz de fazer a leitura dos números e do sentimento de profissionais que estão todos os dias nas escolas, que lidam com os reais problemas sociais que se reflectem na vida dos alunos e consequentemente na sua vida escolar. Esta ministra deveria ouvir os professores, respeitá-los, e aproveitar a sua experiência para implementar políticas educativas que conduzam a um verdadeiro sucesso escolar. Não é com políticas facilitadoras, que escondem os verdadeiros resultados escolares dos alunos portugueses, que se consegue uma melhor prestação dos nossos jovens quando entrarem para o mercado de trabalho. É com políticas integradoras, de efectivo apoio àqueles que o necessitam, criando condições de trabalho e envolvendo os professores numa reforma que eles próprios defendem. São os professores, os primeiros a defenderem a necessidade duma reforma do sistema, em que se dignifique a carreira docente, um ensino público de qualidade e em que se criem mecanismos de apoio aos alunos que o necessitam. Ao contrário, o que se verifica é que nunca, como agora, houve tão pouco apoio. As imprecisões da ministra da Educação Não é verdade que os professores estejam contra a sua avaliação. Também eles defendem que é necessário premiar o mérito. Mas fazer uma avaliação em que estão em causa dois anos (2007/2009) e que a legislação que a rege só é publicada em Janeiro último, que o Conselho Científico que deve dar orientações às escolas, só é formado em finais de Fevereiro, como podem as escolas ter os instrumentos de avaliação aprovados em Abril, e todos os professores de uma escola avaliados em meados de Maio? Sim, todos! Porque a informação que chega às Escolas, é que sete mil têm que ser avaliados até ao final do ano lectivo para poderem progredir. Mas todos os outros, apesar da sua avaliação só finalizar em 2009, têm que ser objecto de duas observações de aulas para essa avaliação. Não é bem a mesma coisa do que se afirma frente às câmaras. Não damos aulas? Ou não dormimos?! E quem ensina os alunos? E a avaliação do ano 2007/08 resume-se a dois meses? Ou faz-se uma avaliação atabalhoada por birra de uma ministra? Não seria mais sensato dedicarmos este ano a preparar uma avaliação de acordo com a especificidade da função docente, como realmente acontece nos outros países (e não de acordo com o CIADAP) e iniciá-la no próximo ano? Não deveremos focalizar a nossa atenção nos alunos em vez de estarmos todos a trabalhar para a nossa própria avaliação? Bem, somos pessoas responsáveis, apesar dos comentários dos muitos analistas que, ao que parece, “conhecem melhor” a realidade educativa do que nós. Temos trabalhado para os nossos alunos. Apesar de só termos no nosso horário duas horas semanais para reuniões, temo-nos desdobrado e passado horas infindáveis nas escolas sem que ninguém nos pague horas extraordinárias. Não seria caso da Inspecção Geral de Trabalho começar a visitar os estabelecimentos de ensino, como faz às empresas privadas que exploram os seus trabalhadores? Ou será que, como o nosso patrão é o Estado, podemos ser “obrigados” a trabalhar ilegalmente? Disse a ministra, na Grande Entrevista, que não é verdade que um professor de Educação Visual tenha que avaliar outro de Educação Física, já que aquele pode delegar competências. Faltou à verdade a senhora ministra, pois a delegação de competências só é possível fazer-se a partir de doze professores por avaliador, e nada tem que ver com a sua formação científico-pedagógica. Com a criação dos super-departamentos pode acontecer, que numa escola pequena, um professor de Língua Portuguesa tenha que avaliar um de Alemão. Como é natural esse professor dará a sua aula na língua germânica. Como pode um professor que não conhece essa língua avaliar se há correcção científico-pedagógica? Disse a ministra, na Grande Entrevista, ao ser questionada sobre a razão que a levou a contar, somente, os últimos sete anos para o concurso de professor titular, que a mesma se deveu ao facto de haver dificuldades com os registos biográficos nas secretarias das escolas. Faltou à verdade a senhora ministra, pois todas as escolas deste país têm de ter esses registos em dia, sendo eles assinados anualmente pelos professores, depois de devidamente confirmados. Esta injustiça fez com que professores, com cargos importantes nas escolas, ao longo da sua vida profissional, e que numa altura em que quiseram dar oportunidade aos mais novos de ocuparem esses cargos, para se dedicarem ao mais nobre trabalho que há numa escola, que é o de ensinar, fossem impedidos de aceder a professor titular por falta de pontuação (já que o que foi valorizado foram os cargos e não a actividade lectiva) e, agora, tenham de ser avaliados por professores titulares num escalão abaixo do seu. Se a moda pega, e o ministro da Administração Interna gosta, ainda vamos ter soldados a avaliar os generais! Disse Maria de Lurdes Rodrigues que está a trabalhar com os professores. Faltou mais uma vez à verdade. Ela reúne-se com o Conselho de Escolas que são formados por representantes dos Conselhos Executivos. Estes são obrigados a cumprir as orientações do ministério e apesar de transmitirem as preocupações dos seus colegas, não estão em condições de negociar, em nome deles. Aliás, outra das lutas dos professores é pela manutenção da gestão democrática das escolas, que também está em vias de extinção. As verdades de Maria de Lurdes Há uma verdade no discurso de Maria de Lurdes Rodrigues! Os professores estão descontentes porque têm que trabalhar mais horas e até aos sessenta e cinco anos. É verdade! Como podem os professores estar contentes, se são obrigados a passar mais horas em escolas que não têm condições de trabalho, em que os computadores não funcionam, onde não há um espaço para trabalhar em condições e que quando chegam a casa têm de pôr os seus computadores, os seus tinteiros ao serviço da escola, em horas que deveriam ser de descanso? Um conhecido cronista e comentador duma televisão privada diz-se indignado pelo facto de os professores estarem numa escola, dentro do seu horário de trabalho, e não quererem substituir um colega. Bem para este senhor, numa escola não há mais nada para fazer a não ser dar aulas. Possivelmente ele não prepara as suas intervenções e por isso diz e escreve tantos disparates! É lógico que para fazer o que faz, não sofre o desgaste dum professor que, de 45 em 45 minutos, trabalha com 25 jovens diferentes, cada vez mais irreverentes. É claro que, com um desgaste deste género, é extremamente difícil aguentar até aos 65 anos de idade, quando se é obrigado a trabalhar 45. É o meu caso. Não serão estas razões suficientes para o descontentamento dos professores? Será com políticas como esta que se consegue a melhoria do ensino?Não creio! Só mais uma coisa! Tenho orgulho na minha profissão e não me importo de ser professora dos netos de Miguel Júdice. Certamente, os meus colegas contribuíram para a educação dos seus filhos!

Petição


Educação: Petição com 11 mil assinaturas contra prova de ingresso entregue sexta-feira na AR
Lisboa, 13 Mar (Lusa) - Mais de onze mil professores subscreveram uma petição contra o exame de ingresso na carreira, a realizar por todos os docentes com menos de cinco anos de serviço, um documento que será entregue sexta-feira no Parlamento.

Na petição, que conta com cerca de 11.700 assinaturas, os professors alegam que o exame, introduzido pelo novo Estatuto da Carreira Docente (ECD), representa uma "violação de direitos constitucionais".
De acordo com a regulamentação do novo ECD, publicado em Janeiro do ano passado, todos os candidatos a professor terão de realizar, pelo menos, duas provas, ficando impedidos de aceder à carreira com uma classificação inferior a 14 valores em qualquer uma delas.
A prova de ingresso inclui um exame comum a todos os candidatos, no qual são avaliados o domínio da língua portuguesa e a capacidade de raciocínio lógico, além de um outro que irá testar os conhecimentos científicos e tecnológicos específicos da área disciplinar associada à formação académica dos candidatos e que estes querem vir a leccionar.
Além destes dois exames escritos, o acesso à profissão poderá ainda incluir uma oral ou uma prova prática nos domínios das línguas, ciências experimentais, tecnologias de informação e comunicação e expressões.
No final de Agosto do ano passado, o Ministério da Educação admitiu baixar a nota mínima de 14 valores, mas sublinhou que não é negociável a existência de provas para aceder à carreira, a partir de agora.
Este é um dos diplomas mais polémicos e contestados pelos sindicatos de professores, que consideram que a prova de ingresso pode constituir uma violação da Lei de Bases do Sistema Educativo, por ser um novo requisito habilitacional.
A referida legislação estabelece que "os educadores de infância e os professores do ensino básico e secundário adquirem a qualificação profissional através de cursos superiores organizados", não prevendo a existência de qualquer exame.
Dirigida ao presidente da Assembleia da República, a petição, que conta com o apoio jurídico da Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI), pede ao Parlamento a análise e discussão desta matéria, de forma a "expurgar as irregularidades cometidas" na legislação aprovada pelo Governo.
JPB.
Lusa/Fim
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-03-13 18:10:01

Educação sexual tarda a arrancar



O psiquiatra Daniel Sampaio lamenta a demora na aplicação de programas de educação sexual nas escolas, depois de o grupo de trabalho que coordenou ter apresentado um projecto ao Governo há seis meses.
«Precisamos cada vez mais de uma educação sexual em Portugal. Temos propostas que, infelizmente, ainda não foram postas em prática nas escolas. Não posso deixar de lamentar», declarou Daniel Sampaio durante uma sessão em Lisboa sobre gravidez na adolescência.
O coordenador do Grupo de Trabalho para a Educação Sexual nas Escolas recordou que foi entregue ao Ministério da Educação em Setembro do ano passado um relatório onde se definia um programa com os conteúdos mínimos e obrigatórios a abordar em cada ano de escolaridade.
Segundo a proposta, as escolas devem dedicar à sexualidade pelo menos uma aula por mês.
«Tem tardado a concretização no terreno das medidas propostas», lamentou Daniel Sampaio, apesar de reconhecer que há muitas escolas que «fazem um excelente trabalho» em matéria de educação sexual.
Segundo o programa proposto pelo Grupo de Trabalho, as sessões de educação sexual no 2º e 3º ciclos e no secundário devem abranger matérias como a fisiologia geral da reprodução humana, o ciclo menstrual e ovulatório, o uso de métodos contraceptivos e a prevalência e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, assim como as taxas e tendências da maternidade e aborto na adolescência.
No relatório final entregue em Setembro ao Ministério da Educação, o Grupo de Trabalho ressalva, no entanto, que «em nenhum caso o programa deverá basear-se apenas numa vertente médico-sanitária, pois é essencial que a escola ajude os seus alunos a desenvolverem um conjunto de qualidades que lhes permitam encontrar uma conduta sexual que contribua para a sua realização como pessoas».
Aliás, hoje, Daniel Sampaio destacou a importância de, a par com a educação sexual, fazer uma abordagem da problemática da saúde mental, da educação alimentar e do consumo de álcool e drogas.

O Saber, a Educação e o Ensino!


Arrogâncias e teimosias de uma tal Ministra... 2008-03-13 - Soube a definição na minha infância Mas perdi a memória Das coisas que só tinham importância Ditas a palmatória. Hoje Sei apenas gostar Duma nesga de terra Debruada de mar. Assim começava Miguel Torga um poema que hoje, passadas décadas, se impõe transcrever pela oportunidade e pela mensagem intrínseca que ele contém! E não é pela imposição da Escola, pela autoridade discricionária do Ministério nem pela intransigência de uma qualquer Ministra que um sistema se afirma e uma pedagogia ganha vínculo num contexto de confronto e de quezília! A questão é maior, mais profunda e enferma de visão distorcida de realidades que só os Professores, pela experiência acumulada e como intervenientes num processo podem discernir!... Senão, vejamos! Esta Ministra tem, como nunca nenhum governante teve, toda uma classe em protesto! A Escola saiu à rua, de norte a sul, para dizer, alto e bom som: basta!... Ao assumir as rédeas do Ministério da Educação foi fácil a Maria de Lurdes apontar os culpados do sistema e demonizá-los! Assim, pensou ela, faria as reformas sem oposição e com os pais e os alunos a servirem-lhe as intenções! Mas como governar contra aqueles que são o suporte do próprio sistema?! E da hostilização passou à desconsideração e os Professores indignaram-se com o desrespeito e o aviltamento!... Todos os dias a dita Senhora traz novas investidas! As Escolas já não sabem com que linhas se cosem pois a amálgama legislativa, numa ânsia desmedida de reformar, só trouxe confusão ao Ensino!... Não tem ela, todos os dias e de duas em duas horas, trinta pessoas no Gabinete a solicitarem a sua atenção mas têm os professores trinta alunos a cada hora e meia para quem têm de preparar aulas, corrigir testes e fichas, dar aulas e ainda servir de psicólogos, serem animadores culturais ou mediadores de conflitos! E ainda tem que sobrar tempo para reuniões atrás de reuniões até às nove da noite para debater, interpretar e im-plementar o sistema da Sra Ministra! Só lhes falta limpar as salas e varrer os pátios para que tudo pareça limpo!... E tudo isto, pasme-se, por umas poucas centenas de euros mensais (três vezes abaixo da Europa), que é quanto vale uma licenciatura com estágio em início de carreira!... E agora vem a avaliação!... Quem diz que os professores nunca foram avaliados ou não sabe o que diz ou di-lo por má fé e a Sra. Ministra mente!... E o Sr. Primeiro também mente!... Eu, em trinta e seis anos de profissão fiz dezenas de cursos e sempre com avaliação! Fui Bolseiro do Ministério da Cultura no estrangeiro e fui avaliado! Tive de frequentar centenas de horas de crédito para progredir na carreira e sempre com avaliação! Fiz relatórios e o Conselho Pedagógico avaliou-me e fui também avaliado pelos meus alunos e pela comunidade! E prestei contas às inspecções sobre o meu trabalho pedagógico! E cheguei a ter Bom porque trabalhei! Eu e milhares como eu! Ouviu Sra. Ministra?!... Trabalhei!... E quem é esta mulher, chegada à política sem mandato nem eleita por ninguém para se arrogar o direito de me denegrir, de apodar de preguiçosos toda uma classe que afinal a formou a ela e tantos da sua laia?!.. Ou esqueceu-se ou tem memória curta!... E agora vem a terreiro implementar uma avaliação em final do segundo período com uma grelha complexa e mal testada! E tudo para impedir a maioria dos professores de progredirem! E com o argumento falacioso e ridículo de que não havia avaliação! E ainda por cima com o desplante de colocar professores a avaliar professores, sem preparação, sem experiência, sem o mínimo daquela competência que se reconhecia aos antigos inspectores pedagógicos porque abalizados para o efeito!... É esta a bagunça que a Senhora Ministra criou e a que quer chamar Reforma! Então e ela?! Quem a avalia e a quem presta contas da sua teimosia, arrogância e incompetência?!... Tanto para dizer desta Senhora e tão pouco espaço pois tanto mal fez quem tão pouco tempo tem de governo! Só lhe falta, como diz Torga, pegar na palmatória e desancar o professorado a quem ela tem visceral aversão!... Eu, daqui do meu canto, também grito bem alto, solidário com a Escola que servi: Rua com a Ministra!... - Sra. Torre do Sino! Toque a finados porque estrebucha a moribunda e deu-lhe já o Professor a extrema unção!... - Pois Senhora Torre do Relógio! Na casa de Deus não têm protecção os mentirosos e aleivosos do sistema!... Eu, cá por mim, digo: va de retro!...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Dez mandamentos para os pais

Ramiro Marques
1º mandamento – Coloque a função de mãe e pai em primeiro lugar
Há pais que pensam que educar um filho é apenas tarefa da escola. Inebriados com o sucesso profissional ou confrontados com um trabalho que não deixa tempo livre, muitos pais não se envolvem, diariamente, na educação dos filhos. Entregam-nos à escola e julgam que essa tarefa é apenas dos professores. Estão enganados. Educar uma criança exige atenção e disponibilidade. Os bons pais colocam a educação dos filhos em primeiro lugar e não enjeitam responsabilidades que são deles.
2º mandamento –Seja um bom exemplo
Ninguém gosta de ser considerado continuadamente um bom exemplo. É uma tarefa árdua e difícil. Exige muitas renúncias. Contudo, pode estar certo que os filhos imitam os pais, naquilo que eles têm de bom e de mau. Quando um pai dá exemplo de não gostar de trabalhar, de desonestidade ou de irresponsabilidade, é certo que está a transmitir uma mensagem errada aos filhos: é correcto ser preguiçoso, desonesto e irresponsável. Se quer dar bons exemplos aos seus filhos, seja diligente, pontual, trabalhador, honesto e justo. O seu exemplo vale mais do que mil lições de moral.
Ver os restantes mandamentos em Ramiro Marques

Filmagens nas aulas








Estes filmes vão passando nos EUA (filmes com os telemóveis) mas por cá também já se fazem.Os professores sozinhos não conseguem resolver o problema, precisam dos pais para que isto não aconteça.Querem uma escola assim? Era bom que reflectíssemos todos em conjunto. São os nossos filhos que estão em causa...

domingo, 16 de março de 2008

Tim Noble e Sue Webster

Chamo a atenção para o trabalho de Tim Noble e Sue Webster que consiste em juntar uma pilha de objectos (lixo) de uma forma aparentemente aleatória e de seguida ilumina-la com um foco de luz. O resultado é incrível.No meio desta amálgama de lixo estão escondidas formas que somente se revelam em forma de sombras projectadas numa parede. Ambos os autores trabalham em Londres.

Mike Tonkin e Anna Liu

Ron Mueck







Ron Mueck (Melbourne, 1958) é um escultor australiano hiperrealista que trabalha na Grã-Bretanha.

Este escultor utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho de suas esculturas certamente seriam fáceis de serem confundidas com pessoas.

Escultura Cinética




"Escultura Cinética", consiste em trabalhos que possuam partes móveis, normalmente impulsionadas pelo vento ou pela mão do observador. As origens desde movimento datam de 1920, tendo como pioneiros os russos Naum Gabo and Antoine Pevsner.

A proposta que aqui visualizamos é de Theo Jansen e é fantástica.

A tecnologia ao serviço dos graffitis


Vale a pena ler a entrevista do nosso colega Mário Nogueira da FENPROF ao Correio da Manhã;


Exposição de pintura







Alguns trabalhos da exposição feita pelos alunos das turmas dos 8ºA, 8ºB e 8ºF na disciplina de Técnicas de Expressão Plástica (TEP).

Jornal da EB 2,3 de Cantanhede

Saiu mais um número do jornal "Novidades do Marquês" o jornal da E.B. 2,3 de Cantanhede. Uma boa oportunidade para verem o que se vai fazendo na minha (nossa) escola.

Boletim da Esc. Secundária de Cantanhede

Fica aqui uma página que devem consultar pelo conteúdo e pelo aspecto gráfico. falo-vos do Boletim da biblioteca da Escola Secundária de Cantanhede. Parabéns à equipa do projecto.

Solidão


Algures