sexta-feira, 20 de junho de 2008

São Tomé e Príncipe - A Bienal


De 26 de Junho a 26 de Julho, São Tomé e Príncipe vai ser palco da V Bienal de Arte e Cultura, que este ano contará com a participação de nomes das artes visuais de São Tomé (Eduardo Malé, Kwame de Sousa, Nezó, René Tavares, entre outros), mas também de artistas portugueses (como Ângela Ferreira, Inês Gonçalves, João Tabarra e Miguel Palma) e de outras nacionalidades. Quase não dá para acreditar que um país africano tão pobre e tão pequeno possa organizar um grande evento internacional. A ambição do Centro Internacional de Arte e Cultura (CIAC) é grande, mas a programação promete estar à altura. Sob o tema “Partilhar Territórios”, esta edição da Bienal é, acima de tudo, uma proposta de diálogo que pretende tornar real o conceito de que a arte aproxima os homens.Na Casa da Cultura estará patente uma exposição sobre o exílio de Mário Soares em São Tomé. No antigo cinema será exibido um documentário sobre as primeiras décadas do país, cedido pelo Arquivo do Instituto Marquês de Valle Flor. Serão apresentados espectáculos de dança, além de paradas, procissões e várias expressões culturais de São Tomé (como a tradição do Tchiloli, um teatro de rua que reporta à Tragédia do Marquês de Mântua e de Carlos Magno). Mas o núcleo central da Bienal é uma exposição internacional de arte contemporânea que vai realizar-se nas Antigas Oficinas das Obras Públicas, um espaço industrial que é um verdadeiro assombro e que promete marcar este momento de viragem, tornando São Tomé um verdadeiro entreposto cultural.

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